Senhor Severino e senhora Lauriceia, fundadores da ONG
O projeto social Uma Nota Musical que Salva, do bairro Mandacaru, em João Pessoa, comemora nesta sexta-feira (31), um ano de atuação. A ONG utiliza a música como instrumento de inclusão social. Atende hoje a cerca de 70 crianças.
As atividades do primeiro aniversário do projeto começam às 9h. Haverá tendas armadas para atendimento médico, corte de cabelo, palestras sobre educação no trânsito, dentre outras ações. A programação se encerra às 20h30 com apresentação musical das crianças e seus professores, seguida por um show gospel. A coordenadora geral do ONG Uma Nota Musical que Salva, Lauriceia Teixeira Rodrigues, convida a imprensa para registrar o evento.
O endereço é rua general Barros Rego, 294, Mandacaru. Indo pela via expressa Tancredo Neves, entrar à direita, em frente ao antigo posto de combustível Padrão e logo em seguida contorna à primeira rua à direita.
Conheça mais sobre o projeto Uma Nota Musical que Salva
ONG mobiliza crianças e adolescentes do bairro de Mandacaru pela música
‘Uma Nota Musical que Salva’. Este é o nome da organização não governamental que trabalha a inclusão social junto a crianças e adolescentes filhos de famílias de baixa renda no bairro Mandacaru, em João Pessoa. O casal fundador da ONG e os voluntários que abraçaram o projeto têm uma meta em comum: evitar que a garotada seja vítima das drogas como usuário ou que um dia se envolva com o tráfico.
O crack tem levado a vida de vários jovens de Mandacaru e a associação ‘Uma Nota Musical Que Salva’ quer conduzir futuros cidadãos e cidadãs daquela comunidade a seguirem com os estudos e aprender a tocar algum instrumento musica, uma atividade que pode ser o passo inicial para muitos meninos e meninas
O projeto ‘Uma Nota Musical Que Salva’ nasceu a partir de uma ideia do casal José Severino da Silva e Lauriceia Teixeira Rodrigues. “O bairro de Mandacaru era reconhecido pela imprensa e pelas autoridades policiais como o mais violento da capital, então eu senti a necessidade, junto com a minha família, de fazermos algo para mudar essa estatística”, revelou Lauriceia, e acrescentou: “eu e meu esposo atendemos aqui várias mães que tiveram seus filhos assassinados no bairro e todos adolescentes, agora, com o projeto, ao invés de vê a mãe chorando ao enterrar seu filho, queremos vê-la chorando de alegria na apresentação de seu filho no palco”, declarou.
Lauriceia faz um apelo para que os comerciantes, principalmente de Mandacaru, façam doações para o projeto. Os contatos podem ser feitos por meio do twitter @umanotamusical e pelos celulares (83) 8603 2473 / 8726 2473.
A ONG ainda funciona na residência do casal Severino e Lauriceia na rua general Barros Rego, 294, Mandacaru. Lauriceia revela que hoje as crianças e adolescentes estão tendo aulas de música, culinária e canto. Quando a ONG estiver na sede vai oferecer também cursos de informática, línguas estrangeiras, reforço escolar e libras.
Lauriceia revela que atualmente a ONG assiste 70 meninos e meninas. “A gente faz aqui um trabalho de prevenção para que eles não se envolvam com a criminalidade e sejam os cidadãos do amanhã por meio da arte e da cultura”, acrescentou. Tem crescido o interesse das famílias pelo projeto. Uma criança acaba trazendo outra para as aulas de músicas e as mães também estão falando para outras famílias sobre as lições que a entidade tem transmitido aos seus filhos.
Com a ajuda de instituições e comerciantes parceiros o projeto ‘Uma Nota Musical Que Salva’ oferece lanche à garotada, um dos atrativos, já que todos são de famílias com baixo poder aquisitivo. O secretário da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima fez a doação, com recursos próprios, das camisas usadas pelos alunos inscritos no projeto.
Um dos voluntários é o sargento da Polícia Militar, Edilson. Lotado no Comando Geral da Corporação, ele integra a Banda de Música da PM e afirmou que ao ensinar música às crianças de Mandacaru ele realiza um sonho que tinha em mente. Atualmente ele ensina a teoria musical e depois todos vão partir para a prática com os instrumentos. A jovem Monalisa Teófilo é voluntária do projeto como secretária.
Para Miguel Januário de Lima Neto, 15 anos, o projeto ‘Uma Nota Musical Que Salva’, é uma coisa boa que surgiu no bairro “e eu quero muito aprender a tocar algum instrumento musical”, revelou. A pequena Lívia Maria Sousa, 7 anos, afirmou que está convidando outras crianças para o projeto da tia Lauricéia.